quarta-feira, 9 de maio de 2007

Ica e Huacachina

Chegamos em Ica e pegamos um táxi (S/5) para Huacachina, um oásis no meio do deserto. Ica é uma cidade grande, com aproximadamente 340.000 habitantes. Huacachina, se não me engano, faz parte de Ica, mas só turistas ficam lá. Confesso que conseguir hotel em Huacachina não foi uma tarefa fácil, embora estivéssemos na baixa temporada. Em Pisco, nos deram indicação do Hotel Huacachinero. O taxista, catador (todos são catadores, em todas as cidades), nos deixou neste tal hotel, mas eles já não tinham vaga. Então o taxista nos deixou em outro, um pouco mais à frente, chamado "Arena 2". Por falta de opção decidimos ficar neste. O quarto que nos mostraram estava sujo; o outro que nos deram estava com vazamento no banheiro e janela quebrada (e os mosquitos estavam à solta); mudamos pra outro com a luz do banheiro queimada. Pedimos mais travesseiros e também para trocar a lâmpada. O recepcionista falou que não podia nos dar mais travesseiros, pois depois não iria saber de onde havia tirado mais dois travesseiros. Quanto à lâmpada, já estava na hora de saída dele, então deveríamos pedir ao outro recepcionista pra trocá-la. Ah, essa foi demais! Eu, de férias, tendo que ficar correndo atrás de recepcionista! Decidimos voltar no Hotel Huacachinero e chorar uma vaguinha. Conversamos com o José, dissemos da indicação que tivemos em Pisco etc e tal. E não é que deu certo! Conseguimos uma vaga para casal, com café da manhã, passeio para bodegas de pisco, passeio de jeep pelas dunas e passagens Ica x Nasca por U$ 35 por pessoa (http://www.elhuacachinero.com/). Voltamos ao Arena 2 para pegar as mochilas e mudar de hotel. O recepcionista queria que pagássemos a ele S/8, já que deram uma grana pro taxista catador. Não pagamos nada, apenas agradecemos o mal atendimento.



O hotel é muito gostosinho. Tem piscina, arara, papagaio, rede e bar. Só que a arara ama café da manhã. Então ela acorda às 6h e começa a berrar, acordando todo mundo.



Saímos para comer alguma coisa. Ao redor da lagoa existem alguns restaurantes. Ficamos num barzinho com boa música, bom atendimento e boa comida chamado "Desert Nights". Ali tomamos uma cerveja peruana - a Pilsen. Boa!


Acordamos cedo com a arara berrando e às 10h saía o passeio para as bodegas de pisco. O taxista que nos levou é conhecido por Sonriso. Uma peça rara! No Peru, eles utilizam um pequeno carrinho, chamado "Tico" como táxi. Sonriso nos disse que esses táxis são conhecidos como "maricones", porque se enconsta vira!!! hahahaha!!!!!

Pisco é uma bebida peruana, uma aguardente de uva. Embora tenha o mesmo nome da cidade em que estivemos, os bons piscos são feitos em Ica. O nome foi dado pelos índios, que escravizados e obrigados a trabalhar para espanhóis em vinhedos, chamavam a aguardente assim em razão do pote onde a mesma era armazanada, que tinha a forma de um "bico" de pássaro, "pisco" para eles.

Visitamos duas bodegas de pisco, uma artesanal (El Catador) e outra industrializada (Vista Alegre), além de uma pequena e boba fábrica de chocolate (Santa Helena).


Ao final de cada visita você pode experimentar os diversos tipos de pisco e vinhos ali produzidos. Existe pisco puro (com uma só uva), pisco acholado (com vários tipos de uva), pisco sour (um drink com limão e que existe pronto em garrafa), pisco verde (não termina o processo de fermentação) e outros tipos. Gostamos mais dos piscos Vista Alegre. O outro, artesanal, é muito forte e perde o gosto de uva.





De volta a Huacachina, almoçamos na beira da lagoa.







Por volta de 16h sai o passeio de jeep. É preciso ir de tênis e levar óculos. Como em Natal, o passeio é emocionante, mas acho que em Huacachina é mais seguro. Fizemos várias paradas em mirantes e outras tantas para sandboarding. Vimos o sol se por e só de noitinha voltamos ao hotel. Muito divertido!




Vista de Ica. Tem uma duna enorme no meio da cidade.






















Sandboarding em dunas imensas!














Huacachina vista à noite, das dunas.



Mais uma noite em Huacachina, de novo no Desert Nights, mas desta vez bebemos Cristal. A Pilsen era melhor!


No dia seguinte fomos para Nasca, enfrentar o medo de voar em avião teco-teco.